segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Barack, o homem certo?


Estampado na capa da edição de Julho de uma das mais consagradas revistas do mundo, Rolling Stone, Barack Obama é tido como o "Messias", que pode vir a mudar de maneira contundente a política norte-americana e causar uma certa "tensão" na tradicional forma governamental solidificada em Washington.
De gosto musical refinado(escuta, entre outros, Rolling Stones e Bob Dylan), Obama se mostra sempre convicto em seus discursos, sempre esbanjando um grande otimismo. Otimismo e auto-confiança que, de certo, devem estar ainda maiores depois de vencer Hillary Clinton nas prévias democratas e aparecer a frente do Republicano John McCain em pesquisas realizadas. Aparentemente simples e calmo, o democrata controla muito bem sua candidatura ao posto de líder da maior economia do mundo. Porém, toda essa calma e tranquilidade não o impede de demonstrar seu caráter de liderança e sua maneira muitas vezes aguerrida de pensar e agir. Como podemos muito bem observar em uma de suas respostas à RS quando indagado a respeito de o que o motivou a se candidar à presidência: "Pensei que seria capaz de tomar decisões mais adequadas como presidente do que o atual ocupante do posto". De fato. Tomar decisões mais lúcidas e inteligentes que George W. Bush não deve ser muito difícil.
Entre as propostas do atual senador de Illinois, destacam-se a proposta de criação de uma nova política energética e a retirada das tropas norte-americanas do território Iraquiano. Em relação a primeira, Obama pretende diminuir a dependência dos EUA do petróleo estangeiro buscando novas fontes de energia, ele é um defensor convicto da utilização do Etanol. Isso mesmo, ele defende a utilização do Etanol. Só que do Etanol norte-americano. Utitlizando-se de uma estratégia bastante semelhante a usada pelo Brasil há cerca de 20 anos atrás com a formação de enormes subsídios. Além disso, pretende não diminuir a sobretaxa cobrada em cima da importação do etanol brasileiro. Ou melhor, pretende sim. Mas apenas quando os ianques já estiverem com a produção a todo vapor. Ou seja, o democrata mostra que poderá vir a ser um excelente presidente. Para os EUA. Outro exemplo dessa forma de pensamento puramente protecionista é a afirmação feita por Obama no relatório elaborado por sua equipe sobre a América Latina: "a liderança do Brasil em biocombustíveis causa certa preocupação". Interessante vermos no país que se recusou a assinar o Protocolo de Kyoto e reduzir, assim, sua emissão de gases poluentes pelo "receio"(no mais alto eufemismo) de freiar seu crescimimento econômico, existir um candidato que prese tal diminuição. Será que o aquecimento global finalmente derreteu as gélidas idéias presentes na cabeça dos líderes norte-americanos? Quem sabe.
A ocupação do Iraque tembém é um fato que intriga Obama. Ele defende que as tropas da terra do Tio Sam devem ser retiradas o mais rápido possível do Oriente Médio. Essa é uma das propostas em que Barack mais se apoia. Resta saber agora se realmente ocorrerá ou se é apenas um blefe eleitoral.
São atribuidos ao senador democrata diversos rótulos. O novo John Kennedy, o novo Martin Luther King. Comparações bem exageradas, por sinal. Talvez seu carisma e sua jovialidade possam ser características relacionadas com as de Kennedy, porém Obama terá que provar muito, se for realmente eleito, para que se possa ser feita a mínima menção ao primeiro presidente norte-americano nascido no século XX. Quanto a Luther King, é comparado por ser
negro, mas também terá que se mostar um grande defensor dos direitos dessa minoria.
Paira, ainda, uma grande desconfiança em cima do democrata. Até mesmo por estar em um país claramente reacionário e preconceituoso. Existem barreiras que devem ser quebradas. E Obama parece ser, realmente, uma nova alternativa para se mudar o império norte-americano. Se bem ou mal, só o tempo dirá.

7 comentários:

Sarah disse...

Marcel... bem vindo! :D
kkkkkkkkkkkkk
que bom que vc está por aqui!
e, realmente, "Se bem ou mal, só o tempo dirá."
:*

Mila disse...

"... De fato. Tomar decisões mais lúcidas e inteligentes que George W. Bush não deve ser muito difícil."
hahahaha. Muito boa.

Mais um texto bem desenvolvido, jornaleiro! :)
:*

Unknown disse...

Obama votou no congresso americano pela invasão do Iraque. E agora posa de bom moço. Patético. ¬¬
Uma hora dessas, Martin Luther King deve estar se revirando no túmulo, isso sim...

Ben-Hur Bernard disse...

tenho medo do Obama: ele é bom demais pra ser verdade!

Gostei do texto, super conciso.

Keo Magalhães disse...

"Se bem ou mal, só o tempo dirá."

Vibrei tanto com lula quando ganhou em 2002 que 1 ano depois eu tava me arrependendo. E pra mim ele era perfeito.

Porisso não sei +, qual o menos pior!

Aprendir a desconfiar das pessoas!

Anônimo disse...

sou burra, n entendi nada!

hahaha
mentira, entendi, entendi o.O'

Ludmila disse...

comentário no post atrasado, ee!
mas tens razão, pessoa... ele tem tudo pra ser um bom presidente... pro país dele. O que eu temo é que ele sobrepuje o resto do mundo como os últimos comandantes ianques costumavam fazer... :~ e ele que se cuide, racismo ainda não é crime por lá...